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Recuperação Judicial e Concordata: qual é a diferença entre elas?


13 de Setembro de 2023


Recuperação judicial e concordata são processos legais para resolver dívidas em negócios e finanças. A recuperação judicial reestrutura empresas à beira da falência, com requisitos específicos, enquanto a concordata permite negociar pagamentos


No mundo dos negócios e das finanças, as palavras "recuperação judicial" e "concordata" são frequentemente ouvidas, especialmente quando uma empresa está enfrentando dificuldades financeiras. Ambos os termos se referem a processos legais que permitem que empresas em crise econômica busquem soluções para seus problemas financeiros e evitem a falência.

 

No entanto, apesar de terem objetivos semelhantes, esses dois procedimentos têm diferenças significativas em relação ao processo, aos requisitos e aos resultados.

Neste artigo, exploraremos as nuances da recuperação judicial e da concordata, destacando suas diferenças e semelhanças.

 

Recuperação Judicial

A recuperação judicial é um processo legal que permite a reestruturação financeira

de uma empresa que está enfrentando sérias dificuldades econômicas. Geralmente,

esse procedimento é utilizado quando a empresa não consegue mais pagar suas dívidas e corre o risco de entrar em falência. O principal objetivo da recuperação judicial é permitir que a empresa continue operando, pague suas dívidas de forma mais viável e mantenha seus empregados, fornecedores e credores.

 

Requisitos da Recuperação Judicial

Para solicitar a recuperação judicial, a empresa deve cumprir certos requisitos.

Estes geralmente incluem:

 

1- Dificuldades Financeiras Comprovadas: A empresa deve demonstrar que está

enfrentando dificuldades financeiras significativas e que a recuperação judicial é a

melhor maneira de resolver esses problemas.

 

2- Negociação com Credores: A empresa deve tentar negociar com seus credores

antes de entrar com o pedido de recuperação judicial.

 

3- Apresentação de um Plano de Recuperação: A empresa deve elaborar um

plano de recuperação detalhado que descreva como pretende reestruturar suas

finanças e pagar suas dívidas.

 

4- Aprovação dos Credores: O plano de recuperação deve ser aprovado pelos

credores da empresa, geralmente por uma maioria qualificada.

 

5- Supervisão Judicial: A recuperação judicial é supervisionada por um juiz, que

garante que o plano seja seguido adequadamente.

 

Resultados da Recuperação Judicial

Se a recuperação judicial for bem-sucedida, a empresa pode continuar suas operações e pagar suas dívidas de acordo com o plano de recuperação. Isso pode envolver a reestruturação da dívida, a venda de ativos não essenciais e outras medidas para melhorar a saúde financeira da empresa. Caso contrário, se o plano de recuperação não for viável ou não for aprovado pelos credores, a empresa pode ser declarada falida.

 

Concordata

A concordata, por outro lado, é um procedimento legal que permite que uma empresa ou indivíduo em dificuldades financeiras negocie um acordo com seus credores para pagar suas dívidas em condições diferentes das originalmente acordadas. A concordata pode ser solicitada tanto por pessoas físicas quanto por empresas, e não é restrita apenas a casos de insolvência iminente, como na

Recuperação Judicial.

 

Requisitos da Concordata

Os requisitos para solicitar uma concordata variam de acordo com a legislação de cada país, mas geralmente incluem:

 

1- Dificuldades Financeiras: O devedor deve demonstrar que está enfrentando dificuldades financeiras que o impedem de cumprir suas obrigações de pagamento.

 

2- Boa-fé: O devedor deve agir de boa-fé ao solicitar a concordata e ao negociar

com os credores.

 

3- Proposta de Pagamento: O devedor deve apresentar uma proposta de pagamento aos credores, detalhando como pretende liquidar suas dívidas.

 

Resultados da Concordata

Se a concordata for aprovada pelos credores e pelo tribunal, o devedor segue o plano de pagamento acordado. Esse plano pode envolver a redução do valor da dívida, a extensão dos prazos de pagamento ou outras condições favoráveis para o devedor. A principal diferença entre a concordata e a recuperação judicial é que, na concordata, o devedor não busca a reestruturação da empresa, mas sim um acordo para pagar as dívidas existentes em termos mais favoráveis.

 

Sendo assim, a recuperação judicial e a concordata são processos legais que oferecem às empresas e indivíduos que enfrentam dificuldades financeiras a oportunidade de buscar soluções para seus problemas de dívida.

A principal distinção entre esses dois processos reside em seus objetivos e requisitos. A recuperação judicial busca reestruturar uma empresa em dificuldades, enquanto a concordata visa negociar um acordo de pagamento de dívidas em condições diferentes das originalmente acordadas. Ambos os procedimentos têm seu lugar no mundo das finanças e do direito, oferecendo opções para aqueles que enfrentam desafios financeiros significativos.


Autor: Equipe Thiago Diaz Advogados